5/20/2012

Maria de Padilha na História



Dona Maria de Padilla, também conhecida como Maria Padilha, filha de Juan Garcia de Padilla e Maria Gomez de Henestroza, nasceu em Palencia, por volta de 1334, e faleceu em 1361, na mesma cidade.
Maria de Padilla foi apresentada a Dom Pedro I rei de castela por intermédio de João Afonso de Albuquerque, mordomo-mor de Maria de Portugal, mãe do rei.


D. Pedro I (1334-1369), rei de Castela era filho de Maria de Portugal  e de Afonso XI de Castela.
Como tal era neto materno de Afonso IV de Portugal (1291-1357) e de Beatriz de Castela (1293-1359) e, portanto, sobrinho do homónimo Pedro I de Portugal (o Cruel, o Cru), que protagonizou a célebre história de amor, com D. Inês de Castro.
Maria de Padilla tornou-se amante de Dom Pedro I e passou a influenciá-lo nas mais importantes decisões. Foi graças a Maria de Padilla, em 1353 que Dom Pedro I de Castela, o jovem rei de 19 anos, escolheu governar como um autocrata apoiado no povo, casando-se como forma de fortalecer os laços políticos criando um aliança entre Castela e França.

Casou-se por procuração em 1351 na França e depois em Valladolid em 3 de Junho de 1353 com Branca de Bourbon (1339-1361), envenenada em Medina Sidonia.
A princesa e o seu séquito chefiado pelo visconde de Narbonne, chegaram a Valladolid em 25 de fevereiro de 1353, mas Pedro estava em Torrijos, com Maria de Padilla, sua amante, que estava prestes a dar a luz. Em 3 de junho houve a cerimônia da boda, e 3 dias mais tarde, o rei voltou para Puebla de Montalbán, onde o esperava Maria de Padilla.

Após uma breve reconciliação com o rei, Maria de Padilla parte, juntamente com Dom Pedro I de Castela, para Olmedo, onde se casaram secretamente. Depois do casamento, Maria de Padilla muda seu nome para Maria Padilha para adequar-se à pronúncia dialética de Olmedo. Nascendo assim a linhagem da família Padilha.

O partido político adverso a Pedro explorou o fato de que ele, secretamente, enquanto Branca vivia, se casou com Maria de Padilha.
Maria de Padilha teve dele quatro filhos até que a peste de 1361 a levou, semanas após o assassinato da Rainha.
Após sua morte todos os herdeiros, pertencentes à Casa de Padilla mudaram seus títulos para Padilha.

Filhos de D. Maria Padilha de Castela com o Rei D. Pedro I:

1 - Beatriz, infanta de Castela (Córdoba, 23 de março de 1354-1369 Tordesillas), freira na Abadia de Santa Clara.

2 - Constança, infanta de Castela (Castrojeriz, Castela, julho de 1354-24 de março de 1394 no castelo de Leicester) casada em 21 de setembro de 1371 em Roquefort-sur-Mer, na Aquitânia, com João Plantageneta de Gaunt, João de Gaunt ou João de Gand (Flandres 1340-1399), duque de Lencastre, filho de Eduardo III de Inglaterra e Filipa de Hainaut, viúvo desde 1369 de Branca de Derby. Foi pretendente de 1372 a 1387 ao trono castelhano, chegando a se intitular “Rei de Castela”. Tiveram uma filha, Catarina de Lancaster ou Gaunt (morta em 1418) que em 1388 casou com Henrique III de Castela (morto em 1406), irmão de Fernando III de Antequera, filhos de João I de Castela.

3 - Isabel, infanta de Castela (nascida em Morales no verão de 1355 e morta em 23 de novembro de 1393) casou-se em Hertford em 1º de março de 1372 com Edmundo Plantageneta de Langley (1341-1º de agosto de 1402), conde de Cambridge, em 1385 Duque de York, irmão do precedente pois era o 4º filho de Eduardo III de Inglaterra e Filipa de Hainaut. Tiveram três filhos: Ricardo (1375-1415), Conde de Cambridge; Constança e Eduardo Plantageneta (1373-1415); em 1390 conde de Rutland.

4 - Afonso, príncipe herdeiro de Castela (Tordesillas, 1359-19 de outubro de 1362)


Padilha acabou por se ligar também à Casa Real Portuguesa,  além dos vínculos à Casa Real Espanhola, e a todas as demais casas reais da Europa, e dela houve quatro Mestres da Calatrava e um da Ordem de Santiago e, durante muito tempo, o cargo de Adiantado-Mor de Castela.




Das armas de D. Maria Padilha, um escudo pleno, contendo três pás de prata em posição vertical, sobre fundo azul, cercado por nove meias-luas, em prata, sendo três acima das pás, três abaixo das pás, uma à direita das pás e duas a esquerda das pás;
Um timbre de Águia Imperial Nascente, de cor negra com adornos prata;
Um virol, na cor azul e negra, aos pés da Águia Imperial;
Dois Paquifes, um a cada lado do Escudo Pleno, nas cores azul e prata

2 comentários:

  1. Oi. Só uma pequena correção: Esta imagem é de D. Maria de Portugal, a fermosíssima, mãe de Dom Pedro I o cruel. A imagem está exposta no museu de Portugal!

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    1. Muito grata pela correção, bem me parecia que aquela senhora era demasiado apática. esta que coloquei no lugar de D. Maria é tida como sendo de D. Padilha. é pena a historia não a ter retratado.

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